Formada em Propaganda e MKT e pós-graduada em Ciências do Consumo Aplicadas, ambas pela ESPM_SP, Cris Ueda tem mais de 18 anos de experiência na área de Marketing em grandes corporações. Sempre muito observadora, foi construindo suas próprias estratégias e percebeu sua paixão em adaptá-las para o indivíduo e na construção de sua Marca Pessoal.
No Personal Branding encontrou as ferramentas para este processo tão particular e foi além: através dele que a Cris engaja em suas causas, potencializando os indivíduos através do fortalecimento de sua Marca Pessoal.
Hoje, concentro o meu olhar nas diferenças pessoais para enaltecer o que é especial, genuíno e autêntico em cada um.
Hoje, o 3 Perguntas é com a Cris.
1) A construção de uma marca é um passo muito importante ao se iniciar um negócio próprio. Trazendo esta perspectiva para o empreendedor, por que o Personal Branding é uma ferramenta tão forte? Como uma pessoa fora dos "padrões de empreendedor” pode utilizá-lo para se portar diante de um mercado que nem sempre é amigável?
Muitas vezes o(a) empreendedor(a) fica tão obstinado(a) com a sua nova empresa, produto ou serviço e esquece de cuidar também do maior patrimônio que tem, o seu nome e reputação.
Há uma máxima no mundo dos negócios que eu gosto de relembrar constantemente: “Pessoas compram de pessoas.”
Se prestarmos atenção no comportamento de consumo, vamos observar que há sempre sentimentos envolvidos nas nossas escolhas: confiança, segurança, carinho, simpatia, identificação com a marca. Nada muito diferente das sensações que buscamos nas relações humanas.
Uma marca nova tem o desafio de se lançar no mercado e dizer porquê os consumidores deveriam se conectar com ela. E muitas vezes nessa hora o(a) empreendedor(a) pensa que se copiar a empresa, produto ou serviço do concorrente ele(a) poderá pegar um atalho.
Esse momento é quando a nova empresa cai no “canto da sereia”. Você deve acompanhar o concorrente para mapear o oceano. Mas não copie.
A maior força de uma marca está na sua autenticidade.
E uma marca nova consegue isso quando carrega o DNA, a personalidade, os diferenciais e a história do(a) empreendedor(a). O vínculo do consumidor com essa nova empresa se torna humanizado.
Nesse momento é que a Gestão da Marca Pessoal (Personal Branding) do(a) empreendedor(a) tem que brilhar.
Deixar a Marca Pessoal registrada na empresa como diferencial e saber se posicioná-la de forma estratégica. “O que eu quero comunicar, o que seria interessante transparecer da minha Marca Pessoal no meu negócio?”
Todos nós temos fortalezas, competências, coisas que fazemos de maneira única e especial. São esses atributos que eu sugiro serem explorados, porque são eles que tornarão a marca nova diferenciada e sem comparação.
2) A demanda do posicionamento das empresas por parte dos consumidores desafia os empreendedores a tratarem de temas mais sérios em suas postagens. Como posicionar-se em um momento tão polarizado em opiniões sem prejudicar os negócios?
Tudo é uma questão de adequação. Quando você consegue fazer a Gestão da Marca Pessoal (Personal Branding), a sua comunicação se torna mais intencional. Isso não é manipular ou fingir ser quem não é. Muito pelo contrário! É saber escutar e analisar o cenário para se posicionar de forma consciente. Entender se o momento pede uma postura mais séria ou mais espontânea, “A vida como ela é”.
E caso aconteça um escorregão, assumir erros faz parte do processo de humanização da marca. Comunicar isso de maneira clara e humilde, pode inclusive reforçar ainda mais o vínculo com os consumidores.
3) O Empreendedorismo Feminino vem sendo pautado como meio de diminuir as desigualdades sociais. Como o trabalho de personal branding pode ajudar uma mulher em aspectos que vão além da sua vida profissional?
Uma das etapas mais lindas no processo de Personal Branding é potencializar os diferenciais, fortalezas e competências individuais. Automaticamente você entende também que tem pontos deficitários. Todo mundo tem espaços de melhorias. É normal, humano e saudável!
A riqueza desse autoconhecimento é enxergar que outras pessoas podem complementar e compensar os seus pontos a desenvolver.
E é aqui que eu vejo a possibilidade da união feminina. Dar as mãos e puxar para perto.
Por que não convidar mulheres que fazem algo que você não consegue fazer tão bem, para ajudar no seu trabalho? E no dia a dia por que não reconhecer, ressaltar e valorizar outras mulheres? Falar o que elas têm de especial, o que fazem de melhor e no que elas são referências.
Acredite, um elogio sincero é poderoso! Ele pode motivar, transformar e impulsionar uma outra mulher.
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