COP 30 na USP: Amazônia no Centro das Vozes
- Lucas Melara
- 16 de jun.
- 2 min de leitura

Na última semana, o Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA-USP) promoveu a conferência "COP30: Desafios e Propostas Rumo à Sustentabilidade Global" com a presença de representantes do Climate Champions da ONU, Ministério do Meio Ambiente, universidades brasileiras, lideranças indígenas e pesquisadores internacionais. O evento marca o início das articulações interdisciplinares que vão culminar na participação brasileira durante a COP30 em Belém, em novembro de 2025.
Entre os convidados, estiveram Nigel Topping (COP26), Gonzalo Muñoz (COP25/COP28), Christiane Taubira (Cátedra José Bonifácio-USP), Marcelo Behar (COP30-BR), Izabela Jatene e Leandro Juen (UFPA), Gilmar Silva (reitor da UFPA), Gerson Damiani (GLIP/Poli-USP), Maria Cecília Loschiavo (GLIP/FAU-USP), Aluísio Cotrim (USP), Camille Bemerguy (Semas-Pará), Jorane Castro (UFPA), Marion Magnan (Consulado da França em SP), entre outros nomes relevantes da cena ambiental, acadêmica e diplomática.

A LM&Companhia esteve presente na programação como parceira técnica do GLIP – Grupo de Linguagens Integradas de Projeto da USP. A convite do grupo, liderado por Gerson Damiani e Maria Cecília Loschiavo, estamos desenvolvendo o projeto visual, conceitual e expográfico da iniciativa internacional Regards Fluides / Olhares Fluidos.
Olhares Fluidos: tríade cultural franco-brasileira
Regards Fluides é uma articulação entre Brasil e França que inclui três grandes ações: um festival de cinema, uma oficina-conferência de design e moda indígena e um simpósio científico.
Com organização do GLIP-USP em parceria com a Nouvelle Sorbonne, Sciences Po e Universidade de Rennes 2, a iniciativa será apresentada em três países: França (setembro/2025), Brasil (outubro/2025) e Belém do Pará durante a COP30 (novembro/2025).
O projeto visa amplificar as vozes dos povos originários da Amazônia e da Mata Atlântica por meio de suas expressões culturais, suas línguas, suas técnicas e seus territórios. A LM&Companhia, a partir do design, tem contribuído para criar a linguagem visual do programa e sua materialização expositiva.
O festival exibirá filmes feitos por cineastas indígenas ou sobre as culturas nativas. As oficinas trarão para o centro do debate a tecelagem tradicional do povo Huni Kuin, com aplicações em moda sustentável e produção coletiva de conhecimento visual. Já o colóquio reunirá pesquisadores para discutir as linguagens, imagens e circulações críticas da arte indígena contemporânea.
O projeto conta ainda com o apoio institucional da UNESCO, Musée de l'Homme e Université de la Mode, além de articulações em andamento com o setor privado e organizações da sociedade civil brasileira e francesa.
A presença da LM&Co. na COP30 começa aqui: com design, escuta e integração entre território, cultura e comunicação.