De que formas empresas podem transformar impostos em cultura?
- Lucas Melara
- 31 de mar.
- 2 min de leitura

Quando o ciclo fiscal se encerra, muitas empresas já sabem qual será a carga tributária para o período seguinte. O que poucas percebem é que parte desses valores pode se tornar investimento cultural - com impacto social, fortalecimento institucional e visibilidade qualificada.
A seguir, apresentamos um panorama dos principais incentivos fiscais à cultura no Brasil e como eles podem ser aproveitados estrategicamente.
Lei Rouanet (Federal)
A mais conhecida entre as leis de incentivo. Permite que empresas que declaram pelo Lucro Real destinem até 4% do IRPJ a projetos culturais. É amplamente utilizada em exposições, espetáculos, livros e ações educativas.
ProAC ICMS (São Paulo)
Empresas que recolhem ICMS no estado de São Paulo podem destinar até 100% do valor devido para projetos culturais aprovados pelo governo estadual. O valor é integralmente abatido, e o impacto é direto no território.
PROMAC (São Paulo)
O Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais (PROMAC) permite que empresas que recolhem ISS ou IPTU no município de São Paulo destinem até 20% desses impostos para projetos culturais aprovados. O abatimento é de 100% do valor investido, promovendo a diversidade cultural local e fortalecendo a presença da marca na comunidade.
Lei do Audiovisual (Federal)
Voltada para o fomento ao cinema, televisão e conteúdos digitais. O incentivo pode ser feito por meio do IRPJ, com aplicação direta ou via fundos. É uma oportunidade para associar a marca a grandes produções culturais.
Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro
Na capital fluminense, empresas podem destinar até 20% do ISS devido a projetos culturais aprovados pelo município. O valor investido é integralmente abatido e contribui para o posicionamento institucional de marcas comprometidas com a diversidade e o território.
Lei de Incentivo à Cultura do Distrito Federal
Empresas com sede no DF podem aplicar até 3% do ICMS ou ISS em projetos aprovados. O primeiro passo é o credenciamento no CEAC (Cadastro de Entes e Agentes Culturais). Os recursos fortalecem a cultura local e promovem engajamento comunitário.
Pró-Cultura (Rio Grande do Sul)
A lei estadual permite o uso de até 20% do ICMS em projetos culturais, com percentuais ajustados conforme o volume do imposto. É uma via potente de descentralização e apoio à produção cultural gaúcha.
FazCultura (Bahia)
Um dos programas mais consolidados do país. Criado em 1996, permite investimento de 8% a 24% do ICMS devido. A lei cobre diversas linguagens artísticas, incluindo teatro, cinema, música, artes visuais e artesanato.
Impostos em cultura: investimento com retorno simbólico e social
Ao utilizar leis de incentivo de forma planejada, empresas conectam sua atuação a valores contemporâneos como diversidade, inclusão, educação e inovação. A cultura se torna, assim, uma alavanca de reputação, engajamento e impacto real.
Apoie projetos culturais premiados por meio das leis de incentivo e amplie seu valor institucional com impacto social e estratégia. A LM&Co. cuida de toda a jornada.
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