Especialista em Branding e estratégias de Marketing, Andressa Sgarzi é formada em relações públicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e possui uma ampla experiência nesta área de atuação. Além de ter trabalhado com grandes nomes da música, entre eles Marcelo D2, Kell Smith e os rappers BK' e Sain, Andressa também atuou na área do marketing político, em empresas multinacionais e colaborou profissionalmente com as produções de inúmeros outros artistas do ramo de entretenimento e artes.
Em relação ao lançamento do terceiro álbum do rapper BK', Andressa pontuou as dificuldades e, principalmente, as grandes expectativas presentes em todo o trabalho de marketing realizado. “Quanto maior a expectativa, maior a possibilidade de frustração. Como diz o popular provérbio do Tio Ben Parker, personagem de Stan Lee em Homem Aranha: Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”, ressaltou a especialista enquanto explicava sobre a importância de possuir uma detalhada estratégia de marketing antes do lançamento de qualquer produto, incluindo as maneiras de aumentar a quantidade de "pré-saves" e a necessidade de ser criativo na divulgação que envolve formadores de opinião e as mídias sociais em geral.
Em entrevista para a LM, Andressa comenta sobre o processo de escolha da sua área de atuação, os impactos e principais desafios que envolvem a mesma. Confira:
LM: Para você, qual é o impacto do marketing musical? Como ele influencia a carreira dos artistas e empresas que você já colaborou profissionalmente?
AS: Eu acho que o maior impacto do marketing musical na carreira de um artista é que ele atua como um grande colaborador, afinal é o especialista que conhece tanto o comportamento de mercado quanto o comportamento do consumidor, ou seja, é a pessoa que consegue fazer com que sua mensagem seja entendida em diferentes segmentos e diversas camadas de público. Então acredito que o maior impacto é esse, fazer o artista alcançar lugares que provavelmente não conseguiria sozinho.
Essa influência que o profissional de marketing exerce é de abrir caminhos, levá-lo cada vez mais longe em um processo genuinamente de parceria. Porque você combina um dueto em que ambos precisam estar “afinados”, para que essa comunicação seja assertiva e principalmente respeite todo o processo criativo do artista para chegar nos diversos públicos ou nos públicos almejados pelo mesmo.
E quando falamos na questão de carreira e marcas, o profissional faz esta interface do artista com os diversos públicos, sejam eles fãs, contratantes ou até mesmo marcas que entendem que aqueles princípios que você está comunicando tem sinergia com os valores das suas marcas. Assim, conseguimos fazer conexões interessantes entre artistas e marcas, uma vez que você é o agente facilitador deste processo.
Para mim, é muito bacana fazer com que as marcas se aproximem da economia criativa, do setor cultural e artístico a partir do momento que você consegue comunicar de forma extremamente transparente a mensagem e os princípios do seu artista.
LM: Em que momento você notou que gostaria de atuar no setor artístico e cultural da comunicação?
AS: Eu sempre fui uma apaixonada por música. A música está presente na minha vida desde quando era pequena e já venho atuando no setor, então foi um processo muito natural para mim. Quando era adolescente, eu e um grupo de amigos trabalhava identificando talentos na música eletrônica na Europa, trazendo esse pessoal para o Brasil e trabalhando a marca, posicionamento de imagem, realizando turnês e eventos.
Depois que me formei, eu voltei para o Rio porque morava em Curitiba na época, e aqui comecei a me inserir no mercado de entretenimento e o mesmo já me trouxe para artistas eletrônicos e músicos. Assim fui conhecendo pessoas, meu trabalho foi impactando outros artistas e eu nunca mais saí disso, já que sou completamente apaixonada por marketing digital e economia criativa.
LM: Como é o processo e as principais exigências em desenvolver estratégias de marketing para músicos e artistas?
AS: Quando você fala em desenvolvimento estratégico de marketing digital, é claro que existem alguns passos que você não pode descartar em qualquer planejamento e processo de lançamento de um produto. Mas quando você trabalha com artistas, eu acredito que a exigência principal é a sensibilidade, de compreender que você está trabalhando com pessoas que têm um nível de percepção e entendimento de mundo muito distinto do seu, então você precisa se emergir neste processo criativo e compreender a mente do seu cliente, para que o lançamento seja feito de forma genuína.
Para mim, uma das principais exigências é a capacidade de desconstrução daquelas ditas verdades essenciais de planejamento e processos, e entender que você está lidando com pessoas de um grau de sensibilidade altíssimo e mais que isso, entender que você está lidando com arte.
O produto é o resultado de um processo criativo intenso, então há a necessidade de estar muito aberto à aprender com aquela pessoa e mergulhar no universo da mesma para que seja possível transmitir a mensagem daquela obra de maneira muito genuína, assertiva e sem ruído.
Através de seu trabalho, Andressa influencia diretamente na divulgação e, como consequência, no sucesso dos lançamentos de diversos artistas nacionais, além de promover e valorizar a economia criativa durante o desenvolvimento dos seus projetos. Para saber mais sobre a entrevistada, acompanhe-a nas mídias sociais (https://www.instagram.com/andressasgarzi/) e como conselho da LM, vale muito a pena separar um tempo para ler seus textos postados no Linkedin (https://www.linkedin.com/in/andressasgarzi/)!
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