A cianotipia é uma das formas mais antigas e encantadoras de impressão fotográfica. Criada no século XIX pelo cientista inglês John Herschel, essa técnica ganhou notoriedade com Anna Atkins, uma botânica que a utilizou para documentar espécies de algas em um dos primeiros livros de fotografia da história.
O processo é fascinante. Tudo começa com a aplicação de uma solução fotossensível de sais de ferro sobre papel (Aqui Hahnemüle 220g). Após a secagem, um negativo ou objeto é posicionado sobre essa superfície e exposto à luz solar ou ultravioleta. A química da luz faz o trabalho: onde houve exposição, os sais se transformam, criando os tons azulados que dão nome à técnica. Após a exposição, o material é lavado com água, removendo o excesso de solução e revelando a imagem final.

Além de ser um método clássico de impressão, a cianotipia continua sendo explorada por artistas, designers e pesquisadores como uma forma única de expressão visual. Sua estética marcante e o caráter experimental do processo fazem dela uma ferramenta poderosa para a arte contemporânea.
Essa experimentação está presente no livro Educar, Cuidar e Nutrir. O projeto, que documenta a implementação da alimentação escolar orgânica na rede pública de São Paulo, empregou a cianotipia para criar imagens que ilustram o projeto e dialogam com sua essência: transformação, paciência e conexão com a natureza. Os cianótipos capturam, em azul, as marcas deixadas pelo trabalho coletivo de escolas, agricultores e comunidades.
Na criação de projetos gráficos e editoriais, a cianotipia traz textura, identidade e um diálogo profundo com o fazer manual. A cianotipia é, antes de tudo, um convite ao olhar atento. Cada imagem nasce do tempo, da luz e da espera, tornando-se um registro não apenas do que se vê, mas do que se sente.
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